Umbanda é uma palavra do dialeto quimbundo e significa “curandeirismo ou arte da cura”. Como religião, foi propagada no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo, a partir do ano de 1908 por Zélio Fernandino de Moraes. Ele, aos 17 anos, passou a incorporar um espírito chamado Caboclo das Sete Encruzilhadas, que começou a dar instruções de cura, o que deu início à prática da umbanda.
É uma religião que sincretiza elementos dos cultos africanos com santos católicos e tradições indígenas, além do espiritismo kardecista.
De maneira generalizada, os umbandistas acreditam na existência de um deus soberano chamado Olorum (equivalente a Olódùmarè). Eles também creem na imortalidade da alma, na reencarnação e no carma, além de reverenciar entidades, que seriam espíritos mais experientes que guiam as pessoas. Mas um dos principais marcos cristãos da umbanda é a prática da caridade.
Os rituais umbandistas também são feitos com batuques e cânticos sagrados, mas cantados em português, na sua maioria.
É comum que médiuns recebam incorporações de entidades para curar, aconselhar, avaliar e modificar a vida das pessoas. Por estar ligada de modo intrínseco à vida terrena, os espíritos ou entidades possuem hábitos comuns às pessoas, como o fumo de cachimbo, charuto, cigarros e álcool, presentes durante a realização de um “trabalho“, a incorporação no terreiro durante o ritual.
Na umbanda, a cerimônia de louvação pode ser chamada de sessão, gira ou banda. A dirigente espiritual é chamada de mãe de santo ou pai de santo ou, como se tornou um hábito mais recentemente zelador, sacerdote, madrinha e assim por diante.
Quanto ao trabalho desenvolvido nas giras há o desenvolvimento mediúnico para incorporação. E, por fim, em relação à linha sucessória, geralmente a escolha também é espiritual.
Fonte: https://epoca.globo.com/
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