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Foto do escritorYa d'Iemanjá

Uma religião que evoluí

Liberta de padrões e verdades absoutas, a Umbanda evoluí em união com os planos espirituais e materais.


Inúmeras casas de Umbanda são abertas por ano no Brasil.

Segundo o Censo de 2010, os adeptos da Umbanda/Candomblé somam 407.332, e apesar do alto número, eles representam apenas 0,3% da população nacional. São em maioria (33,1%) adultos com cerca de 32 anos e que concluíram o ensino médio.

Muitos foram os caminhos que levaram da Umbanda para algo urbano e jovem. Afinal, o que era uma herança dos filhos escolhidos pelos guias ou Orixás, hoje é apostilado e cursado.

A ideia de transmissão em massa exige uma regra, e regra na religião exige dogma.


Segundo o dicionário: “Dogma é um termo de origem grega que significa literalmente “o que se pensa é verdade”. Mas é possível estabelecer um dogma de algo em evolução e que ainda traz através da espiritualidade tantas mudanças?

O diploma assumiu o lugar que antes era ocupado pelo Babalorixá e a interpretação o lugar das lições aprendidas com os guias, moldando inclusive formas de incorporação e métodos de trabalho.

Todo estudo é importante. A fé cega não forma bons médiuns, mas a fé não é substituída por livros. É preciso agregar valores e esses não podem ser aprendidos através de aulas.

São os valores dos guias que tornam a Umbanda o que é. Se em vida todos os homens são diferentes e, essa diversidade é um propulsor para a evolução do espírito, por que em morte seriam esses espíritos todos iguais? Será que a igualdade pregada pela imposição de alguns dogmas seria responsável, junto com falta de experiência, pela caridade mistificada?

São tempos de correntes cheias e corações vazios. Existem casas incríveis e tantas outras que apesar das boas intenções se perdem.

Existe uma diferença entre o papel da escola e da família. As lições aprendidas através de uma educação (mesmo que ela seja espiritual) não substitui as tardes com os pais e as lições tão simples como pescar. Aprendizados que tocam profundamente, tornam-se inesquecíveis.

Sentar ao lado de um guia e aprender que a maior caridade e humildade partem do abraço.

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