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Foto do escritorYa d'Iemanjá

Os Caboclos e a Umbanda



Os caboclos podem ser considerados os verdadeiros antepassados do povo brasileiro. Apesar da grande miscigenação que faz parte da formação étnica do Brasil, são eles e toda a sua cultura os primeiros habitantes destas terras Tupiniquins.

Na Umbanda essa linha de trabalho recebe local de destaque desde o surgimento da nova religião, com a presença do Caboclo das Sete Encruzilhadas, até os dias atuais, pois ainda é parte de seus pilares (preto-velho - ere – caboclo) dogmáticos.

A linha de caboclos atuante na Umbanda é uma versão bastante romantizada dos índios que nestas terras viviam. Costumes como o canibalismo e a violência eram valorizados como uma representação da força e dominância de uma tribo sob a outra. Sua cultura religiosa, baseada em lendas e deuses próprios, fui pouco a pouco subtraída, cedendo lugar aos rituais mais africanizados e até a estrutura religiosa trazida pelos irmãos negros.

Na busca pela sobrevivência durante os anos de colonização, negros e caboclos se uniram e assim, tornou-se mais difícil separar uma cultura da outra. Isso ocorreu porque os negros precisavam de seus antepassados (traço forte na cultura e religiosidade desse povo) e por terem deixados os seus em outro continente, foi através dos indígenas que puderam reestabelecer tais laços.

Conhecer um pouco mais da formação de tal linha de trabalho é um ato de respeito e reconhecimento à sabedoria característica dos caboclos na Umbanda. Espíritos de extremos, são capazes e desenvolver a compreensão e ampliar a capacidade de realização do consulente de forma tão branda quanto um riacho ou com a fúria das cachoeiras.

Associados a linha do Orixá Oxóssi, é certo que desse patrono trazem algumas características marcantes para essa linha de trabalho, ou seja, independente da forma aplicada, seus trabalhos serão sempre baseados na ligeireza, na astúcia, na sabedoria, no jeito ardiloso para capturar a caça. São entidades que primeiro contemplam, para somente então agirem de forma direcional.

Engana-se quem crê os caboclos não são fonte de uma cultura vasta e enriquecedora, estes trabalhadores de umbanda, assim como o orixá Oxóssi são amantes das artes e das coisas belas.

Cabe a esta linha serem os caçadores de axé, aqueles que buscam as coisas boas para um terreiro ou gira, aqueles que caçam as boas influências e as energias positivas. Mas que quando precisam correm atrás do inimigo destemidamente para proteger a sua terra e aos seus.

Uma das principais características dos caboclos é a cura dos mais infinitos males que assombram aos consulentes. Essa forte dominância desta linha é obra de sua capacidade de extrair o verdadeiro eu de cada um que procura por sua ajuda e apresentar, através de uma série de técnicas neurolinguística um real sentido sobre a felicidade, a harmonia e o papel que todos podem desempenhar na sociedade.

As linhas dos caboclos se subdividem em outras linhas mais, mostrando assim as suas duas regências energéticas base e possibilitando uma atuação mais ampla nos trabalhos de Umbanda. Esse encontro energético entre Oxóssi e um segundo orixá é o que torna os caboclos tão diversificado em seus atendimentos.

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