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Foto do escritorYa d'Iemanjá

Mas afinal o que é axé?



O termo axé, para o povo Iorubá, um poder invisível que transmie uma energia divina e intocável que as pessoas só pressentem.

Denominado hamba ou nguzu pela nação bantu, e exá, pelo povo fon, a palavra axé se generalizou, se popularizou e passou a ser aceita e utilizada também pelas demais nações-irmãs (nações que compõe a cultura do Candomblé). O axé é a força que produz crescimento. Quando Olorum criou os quadro princípios básicos da natureza: o fogo, a água, o ar e a terra e soprou neles o seu ofurufú - o hálito sagrado -, estava distribuindo no Universo seu poder. Esse poder é o axé, que se movimenta em todas as direções! É essa mobilidade que permite que o axé se distribua primordialmente nas pessoas, fazendo então com que elas consigam se transformar em um altar sagrado, em que as forças divinas são mais sentidas e vistas, É também distribuída nos objetos, nos alimentos, nos animais, nas folhas, etc.

O axé é uma energia neutra, que não tem em si a pré-disponibilidade de pender nem ao mal ou ao bem e que só pode ser passado de forma empírica e oral.

Pode-se definir essa força como o propulsor do desenvolvimento religioso e até material daqueles que nele creem. Sendo assim, cada comunidade religiosa traz seu próprio axé e por isso é tão importante a comunhão de crenças desse grupo.

Sem o axé nada existe, nada se harmoniza nem se interliga, pois ele é quem faz as coisas acontecerem. Para que isso ocorra é necessária a união do ser humano com os rituais, com as cantigas e também com o uso de palavras de encantamento.

O axé falado, explodindo no ar, é redistribuído em partículas nos elementos que formam a atmosfera, criando e formando novas condições de trazer harmonização ao aiê (planeta Terra).

Portanto, para isso, entende-se que seja necessário que essa fonte geradora de sabedoria esteja sempre alinhada a espiritualidade atuante no terreiro. Por isso a importância de se caminhar fé e razão cada qual na sua área, sem anular-se, mas também sem se sobrepor uma a outra.

Trecho do livro: A Umbanda que a gente toca

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