top of page
Foto do escritorYa d'Iemanjá

A responsabilidade do médium e o desenvolvimento mediúnico



A Umbanda é uma religião relativamente nova e uma rebelde por natureza!

Enquanto para algumas crenças religar-se ao sagrado é renunciar a parte da sua essência ou até seguir uma lista infinda de dogmas, para a Umbanda o sagrado habita em nós e a forma como iremos acessar essa parcela do nosso ser é, até certo ponto, repleta de pluralidade e liberdade, afinal não somos iguais.


Não existe uma receita pré-determinada de como a mediunidade deve ser cultivada. Pelo contrário, dentro da espiritualidade as regras existem apenas para provar que vamos viver nas exceções. Cada caboclo, exu ou preto-velho que traz a sua história, mostra um pedaço do sobrenatural que desconhecemos e assim deve ser, afinal, não aprendemos com lições antigas e eles são os verdadeiros mestres da espiritualidade.


O importante é compreender que toda liberdade traz responsabilidade, ou seja, indiferente do processo de desenvolvimento mediúnico que você seguirá, as escolhas e consequências sempre serão suas e aqui é onde se inicia o verdadeiro evolutivo proposto dela Umbanda.


O “eu quero” é um grande veneno para a capacidade de julgamento do médium, pois ao nos entregarmos ao querer permitimos que o aluno (médium iniciante) passe a ensinar o mestre (guias espirituais atuantes na casa) e nessa dinâmica, certamente não haverá aprendizado algum.


Na Casa de Mãe Iemanjá entendemos que para evoluirmos espiritualmente é preciso desenvolver o autoconhecimento e assim promover um processo holístico, no qual corpo e espírito caminham juntos para o aprimoramento, por isso o primeiro passo para entender os desígnios da sua espiritualidade é entender a si mesmo e se tornar imparcial no processo.


Um medo comum aos médiuns é a mistificação, ou seja, interferir na sua incorporação. E acreditem, isso pode ocorrer a qualquer momento, indiferente do seu grau evolutivo na corrente, afinal, o corpo é nosso e podemos tomá-lo quando bem entendermos. Por isso, entregar-se a espiritualidade sem imposições dos nossos desejos, sem os “eu quero”, fruto de nossa imaturidade, facilita a compreensão da ação dos guias sobre as nossas ações durante a incorporação.


Se a Umbanda é a liberdade de encontrar o sagrado através do nosso eu, ela é também a responsabilidade de nos colocarmos como aprendizes, desprovidos de arrogância e vaidades, para que possamos de fato encontrar o divino e não apenas o nosso ego.

280 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

O bom médium

Comments


bottom of page