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Foto do escritorYa d'Iemanjá

A magia dos pretos-velhos

Uma das linhas mais trabalhadas em todos os terreiros de Umbanda, os pretos-velhos são uma lição constante de humildade e amor ao próximo.


Durante o período do Brasil colonial, embarcações brasileiras e portuguesas transportaram certa de 8,5 milhões de escravizados da África e cerca de 95% deles tinham como destino nosso país.

Durante o desembarque daqueles que resistiam a travessia, os comerciantes de escravos precisavam preencher os documentos de posse e, portanto, após um batismo ocorrido no próprio porto, os nomes católicos como: Maria, João, Antônio... tornavam-se os novos nomes dessas pessoas.

Quando crianças nasciam nas senzalas, as mesmas eram levadas a igreja e também recebiam nomes católicos.

Apesar da distância com a sua terra natal, da total privação e dos novos nomes, essa população trouxe consigo costumes e uma cultura, que agregados ao xamanismo aprendido com os índios e ao conhecimento das novas ervas encontradas em terras brasileiras, foram a sabedoria da linha de preto-velhos.

Os preto-velhos são considerados os psicólogos da Umbanda e realmente se assemelham muito com os avós, sendo muitas vezes calmos e pacientes, mas com uma palavra de ordem muito forte.

As principais características dessa linha são a humildade, sabedoria e a caridade. Trabalham na linha de cura não apenas do corpo, mas principalmente do espírito.

Apesar de ser algo comum nessa linha, nem todos os preto-velhos de fato foram escravos. Mas muitos espíritos encontram nessa forma de caridade o seu caminho evolutivo.

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